Avulsos...

Domenico de Masi, sociólogo italiano, tem a teoria do Ócio Criativo, que diz que todos precisam de momentos de ociosidade para produzimos melhor, e que produzimos mesmo nos momentos de ócio.

Eu sou adepto dela! E confesso, praticante inveterado. Mas (sempre ele...), ultimamente tenho sentido falta desses momentos. Não que eu não tenha tempo ocioso, muito pelo contrário, o tenho, mas não estou tendo-o de forma criativa, ou que venha despertar minha criatividade.

O tempo ocioso é usado para esperar, esperar, esperar...algumas vezes eu sei o que esperar, mas muitas outras, não.

Sinto falta de quando eu era instigado a resolver problemas, a solucionar conflitos, ou a criá-los, coisa que ultimamente não tenho feito. Muito pelo contrário, os problemas até existem, mas me sinto amarrado para solucioná-los.

E nem adianta me perguntar quais são essas amarras....não sei responder.

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Como já devem ter percebido, estou em uma fase meio “pensativa extrema”, acho que em função do muito tempo livre mal aproveitado. Por um lado é ruim, mas por outro é até bom, chega-se a algumas conclusões...

Os pensamentos variam, vão desde minha solidão (in)voluntária, até a distância das amizades, a falta de grana provisória/definitiva, os negócios, o futuro (in)certo...enfim, mil pensamentos que passam pela minha mente, sem ordem ou sem desordem.

Junto com os pensamentos, de certa forma vem o cansaço físico...meus pés doem por ficar o dia todo em pé, principalmente os calcanhares, mas me dói ainda mais a sensação de impotência em certas situações, as quais anteriormente eu resolvia e agora não consigo mais, seja por ordem física, material, emocional ou temporal, não importa, de uma forma ou outra, fico ali, sem ação.

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Minha vida sempre teve amizades que vieram e que se foram, poucas, bem poucas, para não dizer mínimas, ficaram. Mas, mesmo essas que ficaram, tem horas que é preciso deixá-las partir, pois acredito que nada é eterno nessa vida, tudo é um ciclo com início, meio e fim, tanto as coisas boas, quanto as más.

E minhas amizades são assim...elas duram o que tem que durar...acho que é meio relativo ao período em que preciso daquela pessoa. Ela surge em uma determinada etapa da minha vida e se vai quando é preciso...e a recíproca também deve ser verdadeira. Enfim, mais uma coisa a se pensar....

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E por falar em amizades....o fato delas irem embora me deixa um vazio. Não um vazio emocional, mas um vazio de opções. Como sou de poucas, quando elas se vão, outras demoram para surgirem, nesse meio tempo, tenho que me contentar com a companhia “de mim mesmo”, que as vezes é legal, mas que na grande parte do tempo, é estranho, para não dizer monótono...

Mudar o cenário? Então...eu não sou uma pessoa muito fácil de se socializar, reconheço, e, mais uma vez, vai cair naquela velha história da “zona de conforto”...mais fácil se sentar no asfalto do que caminhar sobre rosas com espinhos, mesmo sendo a segunda mais bonita que a primeira opção...

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No mais, pensamentos avulsos que vem e vão; divagações de balcão; monólogos de caminhada; ou ainda, reflexões na borda da piscina...porque é o que temos para o momento...........................................................

Ah, aos desavisados que acharam que o clip do Neil Young, em post anterior era sobre eu estar apaixonado, ledo engano meus querido, acho que isso fica para a próxima encarnação. Postei o clip porque acho a música linda, adoro lua cheia e porque é ótimo para ouvir bem alto dentro do carro ou caminhando pela praia em um final de tarde de verão...e definitivamente, não tem nada ligado com estar apaixonado.