Sobre o nada, o tudo ou o qualquer coisa

                Eu pensei em várias coisas durante a semana para escrever aqui, mas nada foi muito atraente. Não teve assim, um grande acontecimento ou algo realmente relevante para contar, e também não teve nada de engraçado, de fútil, nada realmente sem importância nenhuma que valesse a pena relatar por aqui.

                Poderia ter escrito sobre o furo que dei com alguns amigos naquela viagem que eu mesmo planejei e que fui o primeiro a pular fora, por N motivos de difícil compreensão e que só são compreensíveis para quem passa por eles. Mas não...

                Poderia ter relatado que achei incrível que os vizinhos do café, foram pela primeira vez tomar café, depois de 6 meses que o café abriu, e achei isso bacana. Mas pensei melhor, e não...

                Também poderia escrever que meus planejamentos de férias foram para o espaço, por vários motivos, e que com isso, acho que aprendi a lição de não planejar mais nada. Mas preferi ficar quieto...

                Ou também poderia contar aqui, que apesar de toda aquela esperança, toda aquela expectativa, todo aquele meu sonho; eu simplesmente rasguei as expectativas, recolhi a esperança e tranquei o sonho bem no fundo da gaveta; e que por hora, resta a dura, fria e simples realidade, e é com ela que tenho que me contentar. Mas esse assunto eu deixo para mais tarde...

                Pensei também em escrever um fato que me aconteceu recentemente, sobre conhecer alguém, sobre tentar, redescobrir, o que seria ter alguém. Mas, esse assunto é chato e não valia a pena...

                Poderia também contar que fui ver “Os Miseráveis”, a que chamei de “Os Miserentos”, e que achei o filme ótimo e péssimo ao mesmo tempo, e dizer que o ótimo porque a história e o momento histórico valem a pena, e que o péssimo, porque ver atores que não sabem cantar, cantando, fode com qualquer tipo de filme.

                Ou com relação ao filme, também poderia dizer que é um suplício ir ao cinema da minha cidade, que tem apenas 5 salas e que em 6 delas passam filmes dublados, ou que tem que ir 5 horas antes do filme para comprar ingresso e para isso tem que estacionar no shopping que pela reforma não tem mais estacionamento e você paga 2 vezes por ele...para ir comprar e depois para ir ver. Mas, pensei melhor, e não vale a pena...

                Então, por não ter muitas coisas a contar, e também por não contar com muita vontade para relatar, ou mesmo criatividade; e por considerar que todos os assuntos acima são consideravelmente chatos a ponto de ser chato perder tempo escrevendo e lendo...acho que o que resta, é tirar um tempo sabático para pensar, refletir, reverberar...

                Fui...